Tamara Klink viaja desde pequena na companhia da família. Mas sempre planejou “navegar consigo mesma”, e foi construindo as condições para isso enquanto crescia. Aos 24 anos, especializou-se em arquitetura naval em Nantes, logo após ter realizado sua primeira viagem em solitário pelo mar do Norte – detalhe: no próprio veleiro recém-adquirido e apelidado Sardinha.

Como tudo começou:
A sua relação com o mar começou desde cedo, ouvindo os relatos do seu pai sobre suas viagens no oceano. Ficava imaginando o cenário, a cor, o gosto da água, até que, aos 8 anos, estrou na navegação com sua família (as três irmãs, a mãe, Marina, e o pai, Amyr Klink) em uma expedição para a Antártica.

Ficou maravilhada com as paisagens e com a chance de visitar locais onde nós, humanos, somos reféns do vento, do frio e dos icebergs que despontam no caminho. Retornou à terra firme sabendo que seu destino era o mar — e sozinha.

Queria ser a comandante. Aos 15 anos, pediu o barco dos seus pais emprestado e ouviu um sonoro não. Eles acreditavam que, para navegar sem ninguém ao lado, ela precisava ter meios materiais, físicos e emocionais.

E assim começou a devorar livros, documentários e a estudar para sua jornada-solo. 

A escrita de Tamara:
Se navegar não deixa rastros, Tamara certamente encontra, nestas obras de estreia, sua forma de inscrever-se, em multimeios, entre gêneros, na poesia e na prosa, de uma maneira que certamente inspirará leitores de todas as idades. Sua gramática inclui o mar, a chegada e a partida, o perto e o longe, o dito e o não dito, o deslocamento e o centramento. O enredo que ela corajosamente compartilha com o leitor, com desenvoltura e sem amarras, é sobre a graça e a dor de ser.

Na escrita viva e fluente de Tamara, em verso ou prosa, nas ilustrações que são poemas visuais ao modo de Apollinaire ou Leonilson, e nas crônicas de viagem publicadas no canal do YouTube, a autora mostra o que tem aprendido desde pequena: a imensa dedicação ao seu projeto de vida. Nas narrativas textuais e visuais, Tamara compartilha suas experiências como mulher, estudante em exílio provisório, e velejadora profissional. A primeira viagem em solitário lhe possibilita encarnar um modelo arquetípico da trajetória de heroína – o que faz dessa travessia uma metáfora maior da vida.

Tamara Klink compartilha suas experiências de navegação com humor, inteligência e sensibilidade. Ela já deu mais de 300 palestras para empresas internacionais, universidades, escolas e eventos literários em português, francês e inglês.

TEMAS DE PALESTRAS: • Coragem e medo; • Compromisso com um projeto ou um sonho; • Gestão de riscos; • Equidade de gênero; • Mudanças ambientais; • Inteligência emocional.

Outros temas abordados em palestra, adaptados conforme o briefing: planejamento e ⁠disciplina; inspiração; inteligência emocional; liderança jovem/feminina; trabalho em equipe; transformar sonho em projeto; adaptação.