Walter Casagrande

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Walter Casagrande Júnior, mais conhecido como Casagrande ou simplesmente Casão, é comentarista esportivo e ex-jogador de futebol. Começou a carreira em 1980, no Corinthians, onde ganhou fama.

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Walter Casagrande Júnior, mais conhecido como Casagrande ou simplesmente Casão, é comentarista esportivo e ex-jogador de futebol. Começou a carreira em 1980, no Corinthians, onde ganhou fama.

Revelado no Corinthians, Casagrande iniciou sua carreira em 1980. Porém, logo após ter se profissionalizado, o jogador, aos 18 anos, teve um desentendimento com Oswaldo Brandão, então técnico do Corinthians. Por esse motivo, Casagrande foi cedido à Caldense, de Poços de Caldas. O ex-zagueiro do Corinthians na década de 1960 Ditão era um grande amigo da família de Casagrande.

Retornou ao Corinthians em 1982, quando fez parte da Democracia Corintiana, movimento que dizia respeito tanto ao esporte quanto à política. Os jogadores se revoltaram e começaram a fazer uma rebelião no estádio. Durante esta época, Casagrande viveu a melhor fase de sua carreira, jogando ao lado de craques como, Zenon, Biro-Biro e Sócrates.

Em 1984, foi emprestado ao São Paulo após desagradar ao técnico Jorge Vieira por causa de sua boemia. No São Paulo, Casão — apelido pelo qual ficou conhecido — teve de jogar improvisado na meia-direta, uma vez que o tricolor já contava com Careca. Sua passagem pelo Morumbi foi boa, porém, um ano mais tarde, já estava de volta ao Corinthians.

Casagrande foi convocado por Telê Santana para integrar a Seleção Brasileira que se preparava para a disputa da Copa do Mundo de 1986. Mesmo com seu histórico de problemas disciplinares no Corinthians, o rigoroso técnico da Seleção, que já havia vetado Renato Gaúcho, confirmou o nome de Casão na delegação que viajou ao México.

Porto
Com toda a projeção internacional obtida na Copa do Mundo, Casagrande transferiu-se para o futebol europeu, onde foi jogar pelo Porto, clube de Portugal. Participou da inédita conquista portista na Copa dos Campeões da UEFA de 1987 (até então, entre os clubes portugueses, apenas o Benfica havia vencido o mais importante torneio interclubes europeu).

Ascoli e Torino
Na Itália, onde jogou pelo Ascoli e pelo Torino, que o centroavante realmente fez grande sucesso. No Torino se entrosou bem com o belga Enzo Scifo e o atacante italiano Gianluigi Lentini, onde foi campeão da Coppa Italia em 1992/1993 e vice campeão da Copa da UEFA de 1991–92, grandes marcas para o time de Turim. Em 1992, fez os 2 gols da primeira partida da final da Copa da Uefa, contra o Ajax. Também no mesmo ano, no derby da cidade de Turim contra a Juventus, fez os dois gols da vitória histórica do Torino, a qual Casagrande considera uma de suas melhores partidas.

Flamengo
Após seis anos fora do país, Casagrande retornou ao Brasil em 1993, vestindo a camisa do Flamengo, onde voltou a reviver a dupla de ataque com Renato Gaúcho, como nas eliminatórias para a Copa de 1986. Atuou 35 vezes, marcando 7 vezes, na sua maioria gols em clássicos.

Nessa passagem pelo clube carioca, ficou famoso um fato ocorrido durante um jogo contra o Corinthians, no Estádio do Pacaembu, em São Paulo. Em vez de hostilizá-lo, a torcida corinthiana ovacionou seu ex-jogador e, em coro, cantou: “Doutor, eu não me engano, o Casagrande é corinthiano” e “Volta, Casão, teu lugar é no timão”. Emocionado, o jogador atendeu o pedido da torcida e, no ano seguinte, vestiu novamente a camisa do Corinthians.

Retorno ao Corinthians
Na quarta passagem pelo clube do Parque São Jorge, alcançou a marca de 256 jogos com a camisa corinthiana e 103 gols anotados.

Aposentadoria
Passou ainda pelo Paulista de Jundiaí, em 1995, antes de encerrar a carreira no São Francisco, em 1996.

Encerrada a carreira de jogador, Casagrande tornou-se comentarista, passando primeiramente pela ESPN, até se firmar como um dos principais comentaristas da TV Globo.

Além de comentar jogos, também lançou dois livros com parceira do jornalista Gilvan Ribeiro (“Casagrande e Seus Demônios” em 2013 e “Sócrates e Casagrande – Uma História de Amor” em 2016). O primeiro começou a ser desenvolvido em 2000 em parceria com o músico Marcelo Fromer, que morreu no ano seguinte. Várias fitas com gravações acabaram perdidas e o projeto só seria retomado em 2008.[3] O livro conta sua trajetória profissional e pessoal, com destaque para sua dependência química. Já a segunda obra trata da sua relação com o falecido amigo e ídolo do Corinthians Sócrates, quem chamava de Magrão.

Desde 2017, apresenta, com o locutor e músico Zé Luiz, o músico Branco Mello e o escritor Marcelo Rubens Paiva, o programa de rádio Rock Bola, da rádio 89 FM A Rádio Rock, que mistura música, futebol e humor.

Atualmente, trabalha como comentarista de futebol pela TV Globo.

Walter Casagrande

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