Em suas palestras, costuma falar sobre sua trajetória profissional, de bons e maus momentos de sua vida e sobre o dia que marcou seu ponto de virada na jornada empreendedora.
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Paola Carosella nasceu na Argentina em 1972, numa família de imigrantes italianos, onde as mulheres ainda plantavam, colhiam e cozinhavam intensamente. Cresceu na horta, no pomar, rodeada de galinhas e coelhos. Seu avô Lino era um grande pescador e caçador, e em sua casa tinham sempre rãs, caracóis, peixes de rio e de mar, lebres, porcos selvagens, javalis, pombos, codornas; todo tipo de bicho que ia parar na panela após horas de limpeza: tiravam as penas, a lama, milhões de espinhos, abriam as conchas, separavam os músculos dos ossos e peles.
A cozinha sempre foi e continua sendo o seu lugar preferido da casa, do mundo inteiro. Após terminar o colegial, em 1992, começou a trabalhar em cozinhas de restaurantes. Assim foi e continua sendo. É o que ela ama, o que ela entende, o que acalma.
Começou em Buenos Aires, onde trabalhou com grandes cozinheiros como Paul Azema e Francis Mallmann, viajou para Paris e trabalhou em lugares como Le Grand Vefour, Le Celadon e Le Bristol. Na California trabalhou no Zuni Café; no Uruguai, no Los Negros; no 1884 em Mendoza, Argentina, no Patagonia Sur, em Buenos Aires, no Patagonia West em Nova Iorque, entre outras viagens e lugares. Em 2001 cheguou a São Paulo para abrir e dirigir a cozinha do Figueira Rubaiyat junto a Francis Mallmann e Belarmino Fernandes Iglesias.
Em 2003 abriu o Julia Cocina, uma homenagem a Julia Child: um restaurante pequeno com a cozinha aberta para o salão, com um cardápio minúsculo que mudava quase todo dia e que deu enorme prazer, muitas dores, muito aprendizado e vários prêmios.
Em 2008 abriu o Arturito, um restaurante de cozinha simples, feita com os melhores ingredientes disponíveis na cidade, com foco na cozinha clássica mediterrânea mas também misturando as suas raízes, origens e desejos. Coisas que pensa, vê, como o que seu coração sente vontade e o seu talento tem alcance.
Em 2014 abriu junto com seu sócio Benny Goldenberg o La Guapa Empanadas Artesanais e Café, um pequeno café de empanadas e doces latinos artesanais.
Acredita nos ingredientes: Frescos, de boa procedência, naturais, bem criados, simples, nobres (é melhor pouco de algo muito bom, que muito de algo mais ou menos). Numa mão suave e delicada, mas firme e bem intencionada.
No respeito: pelo ingrediente, pelo colega, pelo fogo, pelo cliente, pelo agricultor, pelo pescador, pelo lixeiro, pela natureza.
Na constância: todos os dias, a mesma coisa, dia após dia, sem reclamar.
Na paciência, saber esperar, muitas coisas na cozinha demoram muitas horas, muitos dias, muitos meses para ficarem prontas. Assim como na vida… tudo tem seu tempo.
Na coerência: respeito as nossas raízes, ao lugar, ao clima, ao momento.
Na humildade: O prato é quem fala, não é o cozinheiro.
No desejo. Por que sem desejo não atravessamos nem a rua.
TEMAS DE PALESTRAS:
• Motivação.
• Inovação.
• Carreira.
• Qualidade de vida.
• Gastronomia.
• Comprometimento.
• Gestão de pessoas.